A Economia é Plural
Para se combater a pobreza nas áreas rurais e urbanas e gerar riquezas tem-se que admitir que a economia é plural e não composta por um único modelo, aquele fundamentado na relação patrão-empregado-alta tecnologia-exportação. Nesse contexto encontra-se, também, a economia agropecuária. Não se pode priorizar somente o agronegócio com políticas públicas e ignorar a agroecologia, a comercialização local, as práticas de economia solidária entre os agricultores familiares, os modelos técnicos e organizacionais adaptados às diferentes realidades, a multifuncionalidade dos territórios, a pluriatividade das famílias, a inclusão de indígenas, pescadores artesanais e quilombolas, que já comercializam para os programas oficiais, como o PAA e PNAE, e para agentes da iniciativa privada. Não se pode deixar de apoiar a agricultura urbana, que ativa a proximidade geográfica com os consumidores e reduz custos e perdas e contribui para segurança alimentar. Reconhecer a pluralidade da economia é direcionar o poder público para a promoção do desenvolvimento local, é viabilizar pessoas e não modelos tecnológicos e grupos econômicos específicos. É de fundamental importância que os órgãos de pesquisa e extensão rural apoiem todas as formas de economia que promovem desenvolvimento com inserção socioeconômica. Qualquer mudança nos órgãos públicos que não considere a pluralidade da economia é um erro que pode submeter muitas pessoas à condição de miséria. A história não perdoará.
Recomenda-se a leitura da matéria do site da FAO intitulada "Parlamentares da América Latina e Caribe Fixam Agenda para Avançar no Cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável" no link:
Newton Rodrigues
CATI
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