Parque citrícola paulista tem mais de 180 milhões plantas, aponta Secretaria de Agricultura
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo divulgou os dados da citricultura relativos ao primeiro semestre de 2016. De acordo com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Pasta, responsável por consolidar as informações, o parque citrícola do Estado é formado por 180.199.273 plantas produzidas por 7.526 produtores em um total de 10.320 propriedades.
Os dados relatados mostram que durante o semestre, foram erradicadas 7.093.239 plantas, sendo 1.903.908 com sintomas do greening e 28.833 com sintomas do cancro cítrico.
Outros motivos informados pelos produtores para a erradicação de plantas cítricas foram a mudança de atividade, com a eliminação de 1.557,498 plantas e a reforma da lavoura, que promoveu a eliminação de 558.217 plantas. Outras 3.044.783 plantas foram eliminadas, mas não foram relatados os motivos.
No mesmo período foram replantadas 1.034.313 plantas e realizado o plantio de 3.106.652 novas plantas cítricas.
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, as informações contidas nos relatórios são fundamentais para que o Estado estabeleça novas políticas públicas voltadas ao setor citrícola. “O governador Geraldo Alckmin nos orienta a sempre contribuir para aumentar a produtividade, por meio de incentivo a pesquisa e inovação. O levantamento dessas informações mostra o real cenário do setor, identificando os pontos que precisam ser melhorados, do ponto de vista sanitário e tecnológico”, ressaltou.
A legislação federal estabelece a obrigatoriedade do produtor de citros, sendo proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título, realizar, ao menos, uma inspeção a cada três meses em sua produção, com o objetivo de identificar e erradicar plantas com sintomas de cancro cítrico ou greening, ou seja, duas inspeções por semestre e informar, por meio de relatório, o resultado à Defesa Agropecuária. Quem não cumprir a determinação estará sujeito a multas.
Os dados da citricultura do Estado de São Paulo relativos ao primeiro semestre de 2016 já estão disponíveis no site da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (www.defesa.agricultura.sp.gov.br).
Greening
Não existe tratamento curativo para o greening, nem variedade resistente. A única forma de se combater a doença é através da erradicação de plantas doentes e controle do inseto vetor, o psílideo (Diaphorina citri). Quando contaminadas, as plantas novas não chegam a produzir e as plantas adultas tornam-se improdutivas dentro de dois a cinco anos.
Cancro Cítrico
Uma nova legislação publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estabelece medidas para o controle do cancro cítrico em todo o País, abrindo a possibilidade de estados com a incidência da praga, como São Paulo fazerem a mitigação de risco, permitindo adotar novas estratégias de controle que não seja exclusivamente a erradicação da planta doente.
A mudança na legislação atendeu à reivindicação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, resultando na Instrução Normativa (IN) nº 37, publicada no dia 6 de setembro de 2016, pelo Ministério.
A supressão desta doença é feita pela eliminação da planta contaminada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, também chamada de planta foco e pela pulverização com calda cúprica na concentração de 0,1% de cobre metálico, de todas as plantas de citros que estiverem em um raio perifocal de, no mínimo, 30 metros medidos a partir da planta foco.
Fonte: Coordenadoria de Defesa Agropecuária
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