REUNIÃO NA CASA CIVIL III - COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA

Caros associados:


No dia 21 de novembro, às dez horas da manhã, fomos recebidos em reunião na Casa Civil, no Palácio dos Bandeirantes, pelo Secretário Chefe da Casa Civil, Deputado Samuel Moreira, para tratarmos da equalização salarial com os especialistas ambientais.

Além de membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal da AGROESP, também estavam presentes o Deputado Barros Munhoz, o Deputado Davi Zaia, o assessor do Secretário da SAA, o Dr. Sérgio Murilo e demais assessores do Secretário Samuel Moreira.

A conversa foi iniciada pelo anfitrião, com a rápida explanação dos levantamentos que traduzem o impacto financeiro que a equalização traria aos cofres estaduais, o qual situa-se em torno de duzentos milhões de reais por ano.

Como conclusão, o Secretário, após explanação dos motivos de conjuntura política e econômica e diante da completa incerteza do quadro, foi incisivo ao informar que nada poderia ser negociado esse ano e que teríamos de aguardar o início do ano para a retomada das negociações.

Imediatamente fiz uma intervenção colocando ao Secretário nosso temor que, uma vez postergada a decisão sobre a equalização, numa eventual melhora do atual quadro, ficaríamos em situação desvantajosa em relação às demais categorias do funcionalismo estadual que possuem maior poder de pressão, como já ocorreu pro diversas vezes em situações anteriores.

Assim precisávamos de uma sinalização positiva concreta sobre a retomada das negociações.

O Deputado Barros Munhoz apartou e ratificou essa tese, pedindo que uma data fosse definida para que a negociação não ficasse esquecida. Sugeriu o mês de fevereiro como ponto de partida para essa retomada.

O nosso tesoureiro Francisco foi muito enfático ao afirmar sobre a necessidade de continuarmos nossa conversa, seguido por declarações no mesmo sentido do Sérgio Diehl, do Mello e do Deputado Davi Zaia, cada um colocando seus novos argumentos para reforçar a proposta.

Desse modo, diante dessas intervenções o Secretário achou por bem estipular a data de 13 de fevereiro de 2017 para uma nova reunião, visando a retomada das negociações.

As conversas continuaram, pois era clara a insatisfação de todos os presentes com o rumo dado pelo governo à negociação e, a visão de um futuro incerto, nos motivou a continuar a argumentação buscando ações que pudessem manter nosso pleito na ordem do dia.

A sugestão do Deputado Barros Munhoz da realização de um grande encontro das entidades e lideranças que nos apoiam, a se realizar no Palácio dos Bandeirantes, em data combinada com o próprio governo, foi por nós imediatamente encampada. Essa ideia foi bem aceita pelo Secretário e essa diretoria irá trabalhar doravante para sua efetivação.

Na sequência o próprio Deputado se comprometeu a elaborar uma moção conjunta da ALESP, onde a grande maioria dos deputados daquela casa irá subscrever, dedicando total apoio à nossa causa.

Diante do exposto, poderíamos inicialmente pensar em uma derrota na nossa luta mas, considerando que apenas mais uma batalha foi travada, extraímos dela alguns trunfos a serem conduzidos para novas pelejas que travaremos.

Em primeiro lugar gostaria de ressaltar o modo sincero e leal com que o governo tem nos tratado; também é importante a força e a dedicação de nossos parceiros ali presentes, nesse caso os dois deputados estaduais; finalmente consideremos ainda que a mobilização da categoria na forma proposta vem surtindo o efeito desejado, em que pese o momento que vivemos.

Terminada a reunião, nosso grupo decidiu que um novo Encontro dos Assistentes Agropecuários deveria ocorrer no mais breve espaço de tempo. Assim ficou definido o dia 13 de dezembro de 2016 e as cidades próximas a Jaú (Barra Bonita por ex.) como sede do evento, visando facilitar a plena participação dos assistentes agropecuários. Nesse encontro será efetuado relato detalhado do andamento das negociações e retiradas propostas de encaminhamento de nossa mobilização.

Pedimos aos associados e aos demais assistentes agropecuários que se programem para participar desse evento e informamos que, do mesmo modo que ocorreu em Itapetininga, a AGROESP dará toda retaguarda para a participação do maior número de interessados.

Nossa mobilização deve continuar do mesmo modo e com redobrada intensidade, buscando os mais diversos apoios e encaminhando ao governo todo tipo de moção a nosso favor. Em janeiro, os novos prefeitos e vereadores assumem e devem ser contatados para hipotecar o maior número possível de apoios. Também os deputados regionais devem ser insistentemente procurados.

Peço que os colegas tenham bom senso e enxerguem, sem traves nos olhos, a grave situação política e econômica por que passa nosso País. Que todos possam ver que, mesmo as categorias que possuem maior poder de pressão do que a nossa, também estão em compasso de espera, esperando melhores momentos. Não quero e nem devo defender o governo, mas é preciso que tenhamos plena consciência que o nosso estado, em nenhum momento, fez qualquer tipo de ameaça relativa a parcelamento ou adiamento do pagamento de vencimentos.

É muito importante nossa união e o fortalecimento de nossa representação através da AGROESP, enfatizando que movimentos isolados e de pouca representatividade não terão o respaldo de nossa associação e os resultados dessas ações são por demais incertos, podendo até serem desastrosos.

Vamos juntos ao encontro do dia 13 de dezembro para o qual manteremos todos informados através de nossas mídias.

Campinas, 22 de novembro de 2016

CONTINUEMOS NA LUTA MEUS COLEGAS!



VICTOR BRANCO DE ARAUJO
AGROESP - PRESIDENTE



Comentários

  1. Muito Bom
    Amigos devemos continuar com nossas ações locais, abordando a partir da posse os novos Prefeitos e Câmaras Municipais este pleito.
    As ações junto aos dirigentes políticos devem continuar com o mesmo enfoque de sempre, sensatez e com muita conversa, pois a questão de embate deve ser o ultimo dos argumentos.

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  2. Devemos ampliar ainda mais nossa mobilização.
    Nossa mobilização deve ser cada vez maior envolvendo todos os segmentos possíveis do agronegócio, os quais temos algum tipo de relacionamento e/ou envolvimento, para que possamos estar sempre visíveis e reconhecidos pelo trabalho que realizamos.
    As ações que realizamos entre os fornecedores de insumos, máquinas, instituições de crédito, ensino, pesquisa, cooperativas, associações, agroindustrias, orgãos representativos de classe,devem ser cada vez mais efetivas.
    Jamais desistir...
    Amauri Gomes - Ourinhos

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  3. Um primeiro passo foi dado e o comportamento do governo esperado como sempre foi.
    Uma semana antes da reunião tive conhecimento através de um amigo, o posicionamento do governo que foi dado a esse amigo por alto escalão da secretaria, que aumento nem pensar esse ano e ano que vem. Daí, dependendo de como as coisas acontecerem reposição em 2018. Tem agora um novo posicionamento do governo federal que os estados façam a lição de casa aos moldes dele, federal, para que possam receber auxílio financeiro, inclusive com dois anos sem reajuste dos funcionários e tratar a previdência com aumento de alíquotas para fins previdenciárias. Todos os estados proporão a mesma coisa, dividindo o onus com o federal e minimizando o desgaste. Conclusão:- Muita luta a partir de agora porque o que precisamos mostrar é que ja estamos ha 38 meses sem reajuste. Será que precisamos esperar 62 meses? sem esquecer que governador e secretários tiveram reposição em 2016. assim fica fácil pra eles . Aguardemos a reunião dos AA.

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  4. VICTOR BRANCO DE ARAUJO23 de novembro de 2016 às 13:31

    apesar da alegada transparência nas atitudes, é difícil saber para onde correm as águas da administração pública. Hoje conversei muito com um colega que havia pedido demissão de nossos quadros e dividi com ele sua angústia pois já passei por isso no início da carreira... Simplesmente suas contas não fecham.

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  5. Infelizmente a situação do Estado não irá melhorar a curto e médio prazo, e a nossa carreira vem sendo corroída ha mais de 5 anos. Agora "agradecer" porque não temos salários parcelados...isso é o fim!! É nossa obrigação trabalhar e a do Estado de pagar pelos serviços prestados, não é FAVOR.

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  6. Compreendo que a situação econômica do Estado de São Paulo é crítica. O momento é desfavorável para valorização da carreira de assistentes agropecuários. Reconheço o trabalho incansável da Agroesp junto ao governo.
    Diante da crise econômica, tenhamos paciência, que a Agroesp logrará êxito na campanha de valorização a partir de 2017.
    Não nos dispersemos.

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  7. Colocar dinheiro na agricultura é multiplicar por 10, o governo deve saber disto mas ainda não entende e fica com esta conversa econômica atrasada. Mas a esperança é a última que morre enquanto os produtos agropecuários sobem de preço.

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